Qual o papel do geólogo no licenciamento ambiental?

A graduação em geologia dura cerca de cinco anos e envolve exaustivas horas de estudo e aprendizado teórico, alinhadas a uma generosa carga horária em práticas de campo. Consiste no estudo de todos os ambientes geológicos, isso é, todos os tipos de ambientes físicos que existem ou já existiram no nosso planeta. As rochas, o solo, os fósseis, o subsolo, os corpos hídricos, as falhas e terremotos, os mares, o interior da terra e até os vulcões, todos são exemplos de áreas do conhecimento de um geólogo formado. Mas, afinal, o que um geólogo, que estuda coisas tão distantes do nosso dia a dia, como o interior da terra, tem a ver com o licenciamento ambiental?

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O papel do geólogo no licenciamento ambiental

Apesar de áreas como o manto terrestre, vulcões e magmas dificilmente terem alguma utilidade num processo de diagnóstico ambiental ou licenciamento no Brasil, o conhecimento de características do solo, rochas, hidrogeologia e engenharia são indispensáveis. Isso fica bastante evidente nos campos necessários para a produção de um laudo geológico, muitas vezes indispensável no processo de licenciamento. A realização de furos de sondagem, análises geofísicas, descrição e análise de amostras do solo são comumente realizados durante estudos do meio físico, visando a fornecer uma caracterização adequada do ambiente em questão por meio de dados. Esses dados, quando alinhados com a carga de conhecimento nessas diversas áreas são capazes de gerar um diagnóstico necessário do ponto de interesse, – indispensável no processo de licenciamento.

 

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Vale notar que a atuação do geólogo no ramo da consultoria ambiental está diretamente atrelada ao diagnóstico do meio físico. Para quem não sabe, falamos mais sobre o meio físico e o meio biótico no artigo “Meio Físico e Meio Biótico no Licenciamento: o que são afinal?”, disponível também aqui no blog. Em suma, , o meio físico consiste fundamentalmente no setor do licenciamento que trata da topografia, geologia, corpos de água, características do solo e afins. O profissional habilitado para a elaboração de diagnósticos e relatórios ligados ao meio físico é o geólogo, junto do engenheiro de minas. Um desses documentos é o laudo geológico, que também já tem artigo explicando o que é aqui no blog. Salientamos, que, por exemplo, em Estudos de Impacto Ambiental  (EIA) o diagnóstico do meio físico muitas vezes exige uma gama de profissionais das mais diversas área de atuação, assim como, por ventura, pode ser solicitado pelo órgão fiscalizador especialistas dependendo da atividade, projeto, porte e  local de instalação.

O geólogo é competente, acima de tudo, para orientar os clientes em relação às atividades de seu empreendimento. Um exemplo importante da atuação desenvolvida pelo time da G&P é o de empreendimentos de extração de areia em barra de sedimentos, onde a geóloga da firma, a Camila, acompanha e monitora periodicamente a evolução dos processos sedimentares que ocorrem no ambiente fluvial. A partir do entendimento desses processos é possível orientar o cliente sobre qual pode ser o local mais apropriado para o avanço da extração, bem como avaliar se a atividade de extração não está impactando nos processos geológicos naturais. Outro estudo de caso interessante, foi a pesquisa mineral desenvolvida para argila industrial. Nesse caso, o mapeamento geológico inteligente foi fundamental para a seleção das áreas alvo e redução dos custos de exploração em uma área de grande variação litológica para o cliente.

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Ainda dentro da área ambiental, mas sem se limitar ao licenciamento, o papel do geólogo em situações de remediação ambiental é indispensável. É o caso, por exemplo, na realização de um diagnóstico de contaminação de aquíferos. As cargas de conhecimento em hidrogeologia e geoquímica são necessárias para o mapeamento de aquíferos contaminados, sua velocidade de dispersão, vulnerabilidade e implicações a outros reservatórios e até outras esferas ambientais. O entendimento do subsolo e o comportamento dos corpos hídricos é necessário para a realização de estudos que visam a diagnosticar o estado de uma pluma de contaminação, por exemplo, ou, em outros casos, a viabilidade de extração de água para consumo humano. Tudo isso é estudado na graduação de geologia, e pode ser mais aprofundado com o desenvolvimento desses conhecimentos básicos na faculdade.

Na G&P Soluções Ambientais, contamos atualmente com uma geóloga formada e um geólogo em formação – atual estagiário da equipe. Ambos são apaixonados pela Geologia, e, enquanto cada um tem suas áreas preferidas, é consenso que ambos tem um interesse mútuo no licenciamento ambiental. Ficou com alguma dúvida em relação ao que um geólogo faz, suas competências, ou até seu papel no licenciamento? Não hesite em entrar em contato conosco pelas nossas redes sociais: estamos sempre acompanhando nossos seguidores e clientes pelo instagram, linkedin, whatsapp e facebook.

Meus agradecimentos à geóloga Camila Betella pelas contribuições ao texto e fotos, e também ao geólogo Lucas Bofill por fornecer uma das fotos.

 

Artigo “Meio Físico e Meio Biótico no Licenciamento: o que são afinal?”: https://gepsolucoesambientais.com.br/meio-fisico-e-meio-biotico-no-licenciamento-o-que-sao-afinal/





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Martin Ströher

Martin Ströher

28/08/2020

Acadêmico de Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.  Atua como estagiário, encarregando-se de vistorias de campo, análises de meio físico e relatórios técnicos. Atua também no atendimento de clientes, no contato direto com órgãos ambientais, e na elaboração de documentos legais, como protocolos e ofícios.

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